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Postagens sobre medicina e saúde

Menos é mais

Você já saiu de uma consulta médica com uma lista enorme de exames ou medicamentos, sem entender direito o motivo de cada um?

A boa medicina não é feita com “mais por mais”. Ela é feita com inteligência, clareza e foco no que realmente importa.

Esse é o princípio da medicina baseada em valor: oferecer o melhor cuidado possível com o menor custo emocional, físico e financeiro para o paciente.

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Como se preparar para uma consulta médica

Você já saiu de uma consulta sentindo que esqueceu de dizer algo importante?

Ou que o médico focou num ponto que nem era o que mais te incomodava?

É mais comum do que parece.

Por isso, neste post, quero te mostrar como se preparar para uma consulta médica, aumentando as chances de que ela seja mais produtiva, clara e eficaz para você — sem nunca esquecer que a responsabilidade principal é do médico.

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Aumento de ferritina

O que significa ferritina aumentada?

A ferritina é uma proteína que reflete os estoques corporais de ferro, mas também é um marcador de inflamação aguda ou crônica. Portanto, ferritina alta não significa automaticamente excesso de ferro no organismo. Na verdade, na grande maioria dos casos, ferritina elevada indica inflamação ou outras condições clínicas não relacionadas diretamente ao metabolismo do ferro.

Principais causas de ferritina aumentada:

Condições inflamatórias ou infecciosas crônicas:

Diabetes tipo 2

Esteatose hepática (fígado gorduroso)

Obesidade

Síndrome metabólica

Artrite reumatoide ou outras doenças reumatológicas

Consumo excessivo de álcool:

O álcool pode elevar a ferritina mesmo sem sobrecarga real de ferro.

Hemocromatose hereditária:

Uma doença genética rara que causa real excesso de ferro.

Esse diagnóstico deve ser confirmado com testes genéticos e exames complementares, não apenas com ferritina isolada.

Preciso fazer sangria terapêutica se minha ferritina estiver alta?

A resposta, na maioria dos casos, é NÃO. A sangria terapêutica (flebotomia) só é indicada para pacientes com diagnóstico confirmado de sobrecarga de ferro (hemocromatose ou outras doenças raras). Utilizar esse procedimento em pacientes com ferritina elevada por outras razões pode causar danos e é contraindicado.

Qual é a abordagem correta para ferritina elevada?

Se você tiver um exame de ferritina aumentada:

Primeiro, consulte um médico experiente, preferencialmente um internista, para uma avaliação completa.

Serão solicitados exames complementares para identificar a causa real, incluindo provas inflamatórias (proteína C reativa), glicemia, exames hepáticos e eventualmente testes genéticos específicos, caso haja suspeita de hemocromatose.

O que não fazer:

Não tome suplementos de ferro sem orientação médica.

Não realize sangria ou flebotomia sem um diagnóstico claro.

Evite conclusões precipitadas baseadas exclusivamente em exames isolados.

Conclusão:

Ferritina aumentada requer uma avaliação médica detalhada para definir corretamente sua causa. Não aceite indicações apressadas ou equivocadas que possam prejudicar sua saúde.

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Investigação de anemia

Anemia é uma das condições clínicas mais comuns encontradas em consultórios médicos, mas muitas vezes é subestimada ou investigada de forma superficial. Como médico internista, costumo enfatizar que anemia não é uma doença em si, mas sim um sinal de algum problema subjacente que precisa ser diagnosticado corretamente.

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Pressão alta causa sintomas?

Uma das crenças mais difundidas entre pacientes é a de que a pressão alta (hipertensão arterial) sempre apresenta sintomas evidentes, como dor de cabeça ou tontura. Na prática clínica, porém, essa ideia pode ser bastante enganosa e até perigosa.

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cinco imagens de pacientes interagindo com profissionais da saúde. Cada imagem tem ao seu lado um texto que representa as etapas do processo de tomada de decisão compartilhada
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Decisão compartilhada

É comum médicos afirmarem que suas decisões são tomadas junto com o paciente. Mas será que simplesmente informar a decisão tomada ao paciente é o mesmo que decidir de forma compartilhada?

Na prática clínica, especialmente em Medicina Interna, observo frequentemente um mal-entendido sobre esse conceito. Muitos médicos consideram suficiente comunicar ao paciente o plano terapêutico já definido. Contudo, isso está longe do ideal.

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